Vivencia.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010


Em algum lugar justo além da névoa. Espíritos foram vistos voando, como o relâmpago conduz seu caminho... A caminho da escuridão.

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Fim de tarde ainda avistava o campo verde, dourado pelos raios de sol. Caminhei, contemplando o céu azul escuro. E nenhum momento desejei estar onde estava, adentrei a uma floresta escura e fria. Pensei por um momento olhar para trás, mas controlei tal desejo. Segui em frente observando o que nada via. Talvez senti medo, porém aquele lugar frio, sombrio me atraia a cada vez mais as tuas profundezas. Eu gostava do que sentia. Sim, eu estava aonde eu queria. Bem longe de tudo, apenas eu e mais ninguém. Não senti falta da luz, gostava do que via ou pensava ter visto. Senti medo, gostei e procurei por mais.

Quando longe já estava, mais adentro a floresta eu seguia. Me deparei com uma ponte, senti um leve arrepio vindo do fundo da floresta, olhei acima arvores imensas e assustadoras, então eu ri, me girei por alguns momentos. Não me hesitei em cruzar a ponte até chegar ao outro lado. Balancei de um lado ao outro, então olhei a baixo imenso e profundo era tal rio, o mesmo me chamava a baixo, difícil foi dizer não. Contive tal desejo, pois sabia que mais frente meu desejo seria realizado. Cruzei a ponte sem olhar atrás, senti o cheiro das arvores, da terra molhada então pude ouvir galhos e folhas caindo, pássaros com suas canções lindas e tão melancólicas e isto me fazia bem. Então pude ouvir meu coração.

Segui em frente sem dificuldade alguma para chegar em qualquer lugar. Enquanto mais perdida já estava, mais eu queria me perder. Notei que o caminho se perdera e ponte não existia desnudo tudo estava este era o fim da floresta, me senti feliz. Sabia que desde o momento em que entrei na floresta nunca estive sozinha, em nenhum momento.

Parei por um momento a beira do precipício pude então respirar, bloqueando minha audição, apenas sentido a leve brisa tocar meu rosto. Enquanto o sol se despedia eu me despedi. Um único vôo e libertei minha alma enquanto meu corpo beijou a morte.







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