Vazio

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Tudo estava tão escuro e vazio. O frio preencheu todo aquele quarto e gritos de agonia foram ouvidos naquele momento. Fleches, imagens percorreram sua mente. Embora quisesse tanto se livrar de tais pensamentos, porém, o quão difícil e que se fazia impossível de se fazer. O medo, o pavor aquele calafrio tomou conta de todo seu ser. Subia a garganta o grito angustiado, a cachoeira de lagrimas que não se derramara. Preso as suas próprias angustias ele ficou. Difícil buscar o alivio para a alma, o cansaço era imenso, a mais de milhões de pedras sobre sua cabeça, seus pés acorrentados, estava assim, predestinado a passar toda sua existência ali e se já não bastasse carregando o peso de suas magoas passadas. Então ele clamou, rastejando ao chão sujo e gélido, assoprando as mãos para aquecê-las. Impossível assim se fez, quando por si descobriu, ali acima de um mundo torturante o quão era frio quanto o quarto em que se mantera preso. As mãos gélidas sobre o peito, sentindo seu corpo de pedra, e que ali dentro não batia um coração. Assustado com suas descobertas, tentou fechar os olhos, mas de nada adiantará pois, olhos de vidros eram os seus. Se debateu a cada canto, procurando por algo que pudesse aquecê-lo, por algo que pudesse fazê-lo sentir. Algo que o motivasse a sentir-se vivo, outra vez... Contorcido, largado ao chão observou por momento ao teto do imenso quarto escuro, cujo qual havia sido iluminado por algo. Mas tão fraco o brilho se fez, e em tão poucos segundos se desfez diante de seus olhos de vidro. Em seus olhos uma lagrima deixou cair, por hora se jogou a rir de sua própria melancolia.
Ali, ele fora a ensinado a se conformar com seu corpo de pedra em forma humana, apenas via, mas não sentia. Apenas existindo em seu mundo fechado e sombrio. Existindo apenas de reflexos. Sofrendo a dor de uma angustia que se quer existia, rindo a gargalhada de seu desespero a sua existência. Condenado estava, eterno assim se fez quando tentou o suicídio e que por ventura do destino, era imortal.




22 comentários:

  1. Gostei da historia, você escreve super bem!

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  2. Nossa, profundo ! adorei o seu blog.. beijos

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  3. Escreve lindamente, e sabe usar as palavras para serem tocadas no coração. Tenho uma inveja boa de quem escreve tão perfeitamente. Adorei seu blog.

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  4. com certeza, também acho que podemos sempre superar, até fazer coisas que pensávamos que nao era possivel! muito obrigada por seguir :D
    ;*** sempre passarei por aqui!

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  5. Nossa adorei,
    muito profundo *-*

    bjus =*

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  6. oooi, também adorei seu blog. escreve muuuito bem *-* beeijo

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  7. Acho q é inevitável ora ou outra, cedo ou tarde, não sentir esse vazio. Adorei o texto e sua profundidade.

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  8. Gostei taanto!!
    Triste mesmo é não poder morrer!!!

    Abraço

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  9. Tem selinho pra vc no meu blog.

    bjus =*

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  10. ai que profunto e deloroso! Voltou a postar né?

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  11. Super profundo. Conseguiu envolver desde a primeira linha até a última, fantástico.

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  12. Impecável teu texto! Quando a alma padece, a morte pode ser a escuridão ou a luz a purificar o nosso corpo.
    E não fique sem postar muito tempo... Escreves muito! :D
    :*

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  13. Que texto perfeito!!!
    Muito, muito, muitoooo carregado de emoções.
    "Condenado estava, eterno assim se fez quando tentou o suicídio e que por ventura do destino, era imortal."
    e essa foi a parte pela qual eu me apaixonei!

    ;*

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  14. Tremenda viagem através de suas letras!
    Bjoo!

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  15. Ellen, acho que até que enfim descobri teu nome! haha

    sempre tão melancólicos, sofridos e bem escritos

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  16. ultimo comentário que fizestes foi com um perfil S.C Ellen

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  17. Contagiante, é sempre bom ler algo assim!

    Abraços Imundos!

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  18. ...qdo o sol nascer, vc esquecer, se lembre de mim...

    Me fez lembrar uma poesia.

    Lindo ! gostei muito.

    Obrigada pela visita,
    bjs !

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  19. Esta ilha não tem fortuna
    Trocou-a por um curioso mistério
    Este irreal e intenso verde
    Que inunda o olhar mais sério

    Nesta ilha há um beijo na tua procura
    Nesta ilha as pedras não têm idade
    Nesta ilha as juras são lançadas à maresia
    Nesta ilha o sonho é janela da verdade

    Doce beijo

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  20. Pronfundo, lindo...adorei!

    Escreves muito bem!

    Te sigo, flor :*

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